Resumo:
Neste texto temos como objetivo apresentar as possíveis técnicas para prática
da preservação digital, as vantagens e desvantagens para o profissional da
ciência da informação.
Palavras-Chaves:
Preservação Digital, Objeto Digital, Objeto de Informação, Metadados de
Preservação, Arquivo, Conteúdo Digital.
“preservação digital refere-se a uma
série de atividades gerenciadas necessárias para assegurar o acesso contínuo e
preservação de materiais digitais” (CHAPMAN, 2001apud CUNHA,
Jaqueline; LIMA, Marcos 2007 p.2)
Com o avanço das
tecnologias a informação tem sido produzida em larga escala tanto no meio
digital como digitalizada, todavia sua preservação fica comprometida. Um dos
aspectos para o comprometimento do acesso a informação digital é a
obsolescência dos instrumentos digitais como software e hardware.
Para abordarmos as
práticas de preservação digital temos por princípio entender o que é
preservação digital e qual é o objeto a ser preservado. FERREIRA entende que
preservação digital é “a atividade
responsável por garantir que a comunicação entre um emissor e um receptor é
possível, não só através do espaço mais também através do tempo.” e o
objeto digital “é todo e qualquer objeto
de informação que possa ser representado através de uma sequência de dígitos
binários. Esse objeto pode tanto ter
nascido no ambiente digital como pode ter sido digitalizado.” A exemplo
disso temos os documentos de texto, fotos, páginas da Web, entre outras
dezenas.
Isto posto podemos abordar aqui
algumas técnicas de preservação digital:
“É fundamental ou mesmo condição de sobrevivência
da memória coletiva pensar em termos de cooperação entre arquivos, bibliotecas,
museus, grandes editores, produtores de informação em geral, criadores de software, etc.”. (SARAMAGO).
·
Metadados
de Preservação
Reuni informações
sobre a proveniência, autenticidade, atividade de preservação, ambiente
tecnológico e condicionante legais do material custodiado.
Não preserva o
próprio documento
·
Encapsulamento
Trate-se de reunir um
conjunto necessário de informação para garantir o acesso ao documento, tais
como metadados, software visualizador e arquivos específicos constituintes do
recurso digital.
Pode produzir grandes
arquivos com duplicação, através de coleção a menos que esteja, linkados. O
Software está em obsolescência.
·
Computador
virtual universal
É uma forma de
emulação que requer o desenvolvimento
de um programa de computação independente de hardware e software existentes,
que possa simular a arquitetura básica de qualquer computador
·
Cópias
analógicas
Reproduz o objeto
digital em suporte analógico como papel, microfilme ou qualquer outro suporte
analógico de longa duração.
·
Arqueologia
digital
Os dados digitais devem ser preservados em uma mídia
estável. Incluir cópias preservadas de uma aplicação de software original. Usar em casos onde valiosos recursos digitais
não podem ser convertidos para formatos independentes de software e hardware.
·
Cópias
de sequência de bits
Preservar
a sequência de dados binários básica que represente a informação armazenada no
sistema de informação digital.
Garantir
que o arquivo continue Exatamente o mesmo com o passar do tempo – sem nenhuma
modificação enquanto a mídia física evolui ao seu redor.
Armazenamento
remoto antidesastre.
·
Rejuvenescimento/
Refrescamento
Refreshing
envolve mover periodicamente um arquivo de uma mídia física de armazenamento
para outra evitando decadência física ou a obsolescência do meio.
Formas
de atualização das mídias serão necessárias, devido a mudança tecnológicas.
·
Replicação
Produzir
várias cópias;
As
cópias de segurança já são tradicionais, entretanto não protege contra queda
organizacional, podendo não ser confiável caso não seja periódico.
·
Preservação
de tecnologia
É a
preservação do computador, dos softwares e sistemas operacionais.
Sendo
muito custoso, visto a necessidade de investimento considerável em equipamento
e mão de obra. Pressupõe as atividades de um museu para recuperação
do
objeto digital no ambiente original.
·
Migração
A
estrutura interna e o conteúdo do material devem ser preservados e transferidos
igualmente, assim, o novo objeto será uma cópia fiel do original.
A
abordagem de migração mais aconselhável é a padronização do conteúdo digital
para um formato aberto, ou para um número pequeno de formatos.
·
Canonização
Determina
a manutenção das características essenciais de um documento na conversão de um
formato para outro
Criação
de uma representação de um objeto digital que mantém todos seus atributos
chaves.
Pode
ser usado na verificação algorítmica da perda ou não da essência do arquivo.
·
Emulação
É o desenvolvimento
de tecnologias que possam imitar sistemas obsoletos em gerações futuras de
computadores. Apresenta uma série de desvantagens uma delas é a presunção de
que os futuros usuários devam conhecer o funcionamento dos softwares obsoletos.
·
Pedra
da Roseta Digital
Baseado em três
momentos no qual o primeiro, refere-se ao registro da codificação do formato de
arquivo e do conteúdo binário, o segundo trata da recuperação dos dados e o
terceiro da reconstrução dos dados a partir das especificações da primeira
etapa.
Tecnologia ainda não
desenvolvida completamente.
Considerações Finais:
O
desafio da preservação digital é enfrentado por todas as instituições do mundo
e os profissionais da informação tem o papel de encontrar a maneira mais
confiável e menos custosa para realizar essa tarefa.
HEDSTROM (1996) a
preservação digital é um processo distribuído que envolve o “planejamento, alocação
de recursos e aplicação de métodos e tecnologias para assegurar que a
informação digital de valor contínuo permaneça acessível e utilizável”.
Referências:
CUNHA, Jaqueline de Araújo; LIMA,
Marcos Galindo. Preservação Digital: o
estado da arte. Disponível em: http://www.enancib.ppgci.ufba.br/artigos/GT2--043.pdf. Acesso em: 20 dez.
2012.
SARAMAGO, Maria de Lourdes. Metadados
para preservação digital e aplicação do modelo OAIS. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/7345155/SARAMAGO-Maria-de-Lurdes-Metadados-para-preservacao-digital-e-aplicacao-do-modelo-OAIS. Acesso em: 20 dez. 2012.
HEDSTROM, Margaret. Digital preservation; a time bomb for digital libraries. Computer and the Humanities,
v.31, n.3, 1997/1998, p.189-202. Disponível em:
<http://www.uky.edu/~kiernan/DL/hedstrom.html>. Acesso em: 20 dez.
2012
DURANTI, Luciana. Merging the old with the new; the
management of electronic records in Canada in theory and practice. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DOS ARQUIVOS DE TRADIÇÃO IBÉRICA,
2., 2002, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro:
Arquivo Nacional, 2002. Disponível em: <http://www.arquivonacional.gov.br>. Acesso em: 16 nov. 2003.
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